Inspeção de rotina previne quebras

Inspeção de rotina previne quebras

Inspeção de rotina – Corretiva

Como podemos definir uma inspeção de rotina?

Inspeção de rotina é uma ação de olhar, de examinar, de verificar algo usando nossos cinco sentidos, é feito em determinados períodos ou intervalos de tempo no intuito de detectar possíveis problemas ou situações de potenciais problemas.

Na manutenção é uma ótima ferramenta para se implementar na gestão de máquinas e equipamentos principalmente nos casos que temos relatado onde a manutenção corretiva é a única forma de atuação.

Implantação de serviços de rotina que constam de inspeção e verificação das condições técnicas e dos sistemas de lubrificação das unidades das máquinas e equipamentos. A detecção e a identificação de pequenos defeitos auxiliam e muito na prevenção das paradas inesperadas.

E essa responsabilidade pelos serviços de rotina pode e deve ser compartilhada com todos os operadores de máquinas e equipamentos.

Por que fazer inspeção de rotina?

As atividades de inspeção de máquinas, equipamentos e das instalações industriais devem fazer parte significativa das atividades da equipe de Manutenção.

Com certeza um bom plano de inspeção de rotina é um fator que contribui e muito para o sucesso da Manutenção. Isso especialmente para quem trabalha com maior ênfase na atuação da manutenção corretiva.

As inspeções de rotina de Manutenção podem ser elaboradas com duas perspectivas de ação, um com as máquinas e equipamentos parados e outra com eles trabalhando, ou seja, em movimento.

Temos que ter em mente que alguns itens de inspeção só podem ser verificados com eles em movimento e em outros casos, com eles parados.

Durante a execução do plano de inspeção devem ser anotados toda e qualquer irregularidade nesse documento, é uma das finalidades importantes dessa inspeção.

Quando finalizado normalmente é entregue para o PCM que por sua vez fará todo o planejamento e programação para o tipo de manutenção mais adequado para corrigir esses desvios encontrados.

Alguns tipos de inspeções possíveis:

Sistemas de ar comprimido

Trata-se de uma inspeção muito importante pois pode impedir falhas nos sistemas pneumáticos e paradas indesejáveis e as vezes difíceis se serem detectados rapidamente.

Também evita altos custos com energia elétrica pois sabemos que vazamentos de ar comprimido são grandes vilões pelo aumento de consumo de energia. Isso devido ao esforço que os compressores precisam fazer para manter a pressão de ar estável.

Sistemas de lubrificação

Em sistemas de lubrificação manual ou automático é necessário verificar tubulações, mangueiras, conexões, possíveis vazamentos, sistemas de alarme como pressostatos em condições, filtros entre outros.

São falhas que se detectadas evitam sérios problemas como desgaste prematuros de articulações, rolamentos, engrenagens, etc.

Sistemas hidráulicos

Nesse tipo de sistema temos a necessidade de inspeção em mangueiras, tubulações, conexões, blocos de válvulas, cilindros (atuadores). São itens que normalmente procuramos identificar vazamentos, algum excesso de aquecimento, desgastes (mangueiras) entre outros.

Podemos inspecionar também os sinalizadores de nível do tanque de óleo, os medidores de pressão (manômetros) e de saturação dos filtros etc.

Sistemas de transmissão (correia e corrente)

Nesse tipo de sistema precisamos verificar nas transmissões por corrente, o estado das mesmas, tensionamento, engrenagens, alinhamento, funcionamento do sistema de lubrificação caso seja automático, peças de transmissão com buchas ou com rolamentos (desgaste) entre outros.

Nas transmissões com correias, o estado das mesmas, tensionamento, canal das polias em V, verificar estado de outros tipos de polias como as dentadas, entre outros.

Motores de CC (corrente contínua)

Esse tipo de motor é muito delicado quanto as suas condições de trabalho e requer um bom plano de inspeção para evitar danos ao mesmo e tem outro detalhe, o custo de sua manutenção é extremamente alto.

Por isso é necessário um plano bem adequado de inspeção como: condições superficiais do comutador como desgaste ou manchas irregulares, vida útil das pastilhas de carvão, limpeza, condições das conexões elétricas da caixa de ligação, porta escovas entre outros.

Painéis elétricos

Uma das grandes responsabilidades nesse tipo de inspeção é por conta da vedação das portas desses painéis elétricos para evitar as contaminações principalmente de agentes como poeira e umidade.

Durante a inspeção fazer uma limpeza adequada, verificar as conexões em geral e reaperto, verificar condições aparentes dos componentes e adequação de posicionamento dos cabos. Verificar também outros itens que compõe o painel como disjuntores, reles, inversores etc.

Essa inspeção não elimina a necessidade de trabalhos como a Termografia, essencial para a verificação de partes quentes que não podemos ver somente no olhar.

Dispositivos de segurança

Essencial esse tipo de inspeção de máquinas e equipamentos que assegura a integridade física dos operadores e também da própria equipe de manutenção. São itens que devem ser verificados e o diagnóstico dessa inspeção de funcionamento é “sim ou não”.

Nesses casos de dispositivos de segurança onde se encontre alguma irregularidade, não tem programação para corrigir o problema, é necessária uma intervenção de imediato.

É uma porta de acesso que se aberta deve interromper o funcionamento da máquina ou uma proteção qualquer que se aberta tem o mesmo efeito. Ou seja, todo dispositivo de segurança de máquinas e equipamentos emitem um aviso de atenção ou de interrupção do processo e seu funcionamento é essencial.

Conclusão

Podemos entender com essa matéria que, uma Manutenção se não dispõe de recursos para comportar todo tipo de manutenção como preditiva por exemplo, tem todas as condições de trabalhar com as inspeções de rotina que são um forte aliado para prevenir algumas falhas indesejáveis.

Basta ter a iniciativa de sua liderança em conjunto com o PCM de trabalhar na elaboração dessas inspeções que podem eventualmente contar com a participação do pessoal das áreas de produção, como funciona no pilar da manutenção autônoma na gestão do TPM por exemplo.