Classificação ABC de Máquinas e Equipamentos

Classificação ABC de Máquinas e Equipamentos

Classificação A B C de Máquinas e Equipamentos

Dando sequência às fases de Controle do PCM, nessa matéria vamos falar sobre a importância em se elaborar e manter sempre atualizado a classificação ABC de máquinas e equipamentos, necessárias para uma eficiente gestão e tomadas de decisão na resolução de problemas.

Esse é um item também necessário para atender às auditorias internas e externas, muito comuns nas empresas que querem manter as boas práticas de governança.

O que é “classificação ABC”?

Também conhecida como Curva ABC ou 80-20, é baseada no teorema do economista Vilfredo Pareto, na Itália, no século XIX, num estudo sobre a renda e riqueza, ele observou uma pequena parcela da população, 20%, que concentrava a maior parte da riqueza, 80%.

A curva ABC é um método de classificação de informações que separa os itens de maior importância ou impacto, que são normalmente em menor número.

Trata-se de classificação estatística de materiais, baseada no princípio de Pareto, em que se considera a importância dos materiais, baseada nas quantidades utilizadas e no seu valor. Esse sistema da curva ABC é muito utilizado para a administração de estoques, mas também é usada para o estabelecimento de prioridades, que se trata do nosso caso em questão, para classificar máquinas e equipamentos conforme seu grau de importância para o setor produtivo.

Como elaborar a classificação ABC para máquinas e equipamentos?

Hoje em dia podemos dizer que a classificação ABC com a priorização das máquinas e equipamentos (um método adaptado pela JIPM) se constituem num fator decisivo para a escolha de uma política de manutenção adequada, avaliação essa que determina o grau de criticidade das máquinas e equipamento em relação ao processo produtivo.

O JIPM – Japan Institute of Plant Maintenance (1995) recomenda a utilização da classificação ABC, como uma ferramenta para avaliar a criticidade de uma máquina ou equipamento, para isso faz-se uso da utilização de um fluxograma (figura abaixo) do tipo decisório.

Fluxograma criticidade ABC

Para a utilização desse fluxograma, é necessária uma base de critérios de criticidade que nos permite definir uma classificação em uma das classes (A, B ou C). Veja na figura abaixo um exemplo definindo qual seria essa base de critérios conforme determina o fluxograma acima:

Ao término dessa classificação, a atuação da manutenção é orientada para cada classe de máquinas e equipamentos, lembro que é apenas um exemplo, cada gestão de Manutenção define o seu nível de atuação para cada tipo de classe. Segue abaixo um exemplo de como poderia ser essa orientação:

Classe A: Máquinas e equipamentos com prioridade alta – pode-se definir por exemplo que nesse caso, a atuação da Manutenção deve contemplar a preditiva e preventiva, análise das falhas, formação de grupos de melhoria, entre outros.

Classe B: Máquinas e equipamentos com prioridade média – pode-se definir por exemplo que nesse caso, a atuação da Manutenção deve contemplar a preditiva e preventiva.

Classe C: Máquinas e equipamentos com prioridade baixa – pode-se definir por exemplo que nesse caso, a atuação da Manutenção deve contemplar a Manutenção corretiva, preditiva e monitoramento das falhas para evitar recorrências.

Conclusão

Importante que essa classificação de prioridade de máquinas e equipamentos sofra revisões por um período pré determinado pela Gestão da Manutenção, isso varia para cada tipo de planta produtiva e métodos de gestão, acredito que não pode ultrapassar um ano sem essa revisão.

Como podemos ver nessa matéria a priorização de máquinas e equipamentos utilizando o método da classificação ABC é muito importante na gestão da Manutenção, além de atender aos interesses em geral e a boa governança da organização.