Ponto de reposição do estoque
Ponto de reposição do estoque
Ponto de reposição do estoque é uma das atividades extremamente importantes na gestão da área do almoxarifado, seja ele de qualquer tipo de item estocado. De um modo geral, qualquer área numa empresa sempre conta com materiais diversos do estoque para que seu funcionamento seja continuado. A falta de determinados itens de estoque, podem gerar grandes transtornos, a área da Manutenção que o diga.
Por essa particularidade do estoque é que temos que cuidar dos níveis dos itens cadastrados. Normalmente dividimos as quantidades em três níveis: máximo, médio ou ponto de reposição e mínimo (estoque de segurança).
Estoque de segurança
Primeiro vamos entender o que significa o nível mínimo ou chamado estoque de segurança. É a quantidade mínima que deve existir em estoque para evitar problemas de reposição.
Essa característica atribuída nos estoques tem a finalidade de cobrir eventuais atrasos no suprimento (reposição do estoque máximo), itens em falta no mercado fornecedor ou de itens importados por exemplo.
Essa atribuição do estoque mínimo (segurança) tem como objetivo a premissa de garantir o funcionamento contínuo e eficiente do processo produtivo. Isso quer sejam materiais como a matéria prima e insumos ou em nosso caso específico dessa matéria, materiais de manutenção.
Ponto de reposição do estoque
É uma das informações essenciais para que se possa calcular o estoque mínimo, ou seja, calculado o mínimo de um item que o estoque deve ter, podemos determinar o ponto de reposição desse item.
Ponto de reposição é considerado o tempo gasto desde a verificação de que um item chegou na quantidade média e precisa ser reposto até a chegada efetiva do item no almoxarifado da empresa.
O ponto de reposição pode ser entendido como o período composto por:
Tempo de emissão do pedido – tempo que se leva desde a verificação efetiva da quantidade determinada como ponto de reposição e da emissão do pedido de compras para a área de suprimentos;
Liberação do pedido de compra – tempo necessário para o comprador da área de suprimentos elaborar as devidas cotações, definir o fornecedor e emitir o pedido de compra até que esse pedido seja efetivado com o fornecedor;
Tempo de preparação do pedido – esse é o tempo que leva o fornecedor para se for o caso, fabricar os produtos, separar os itens do seu estoque, emitir a nota fiscal de faturamento e trabalhar na embalagem e deixá-los em condições de serem transportados;
Tempo do translado entre o fornecedor e seu cliente – tempo que leva da saída dos itens adquiridos junto ao fornecedor até o recebimento pela empresa cliente dos itens comprados.
Gestão faz a diferença
A função dos estoques muitas vezes pode ser comparada a área da Manutenção, podendo ser considerada uma aliada ou um vilão.
Como aliada no sentido em que pode melhorar o nível de serviço prestado, contribuir nas economias de escala nas compras e no transporte, agir efetivamente como proteção no aumento de preços, proteger as empresas de incertezas na demanda e no tempo de reposição.
E como um vilão pois tem um alto custo de capital de giro investido, necessidade de espaço físico considerável na maioria dos casos, elevados custos operacionais, pode ocorrer perdas de produtos estocados por diversos motivos.
Normalmente tem custos de seguros, despesas administrativas e falta de liquidez financeira pois são itens “parados” no estoque que não rendem nada até o seu momento de consumo.
Por esses motivos podemos dizer com muita certeza que a gestão dos estoques é fundamental para conseguir um equilíbrio entre os pontos fortes e fracos que são imputados aos estoques.
Questões para uma reposição assertiva
Como vimos até agora, a reposição dos itens cadastrados nos estoques, precisam de uma lógica sequencial para que tudo ocorra de forma ordenada. E para isso podemos elencar algumas dessas etapas para que isso ocorra sem prejuízos para as áreas envolvidas que seriam:
Acuracidade:
É o resultado de uma apuração pontual das quantidades físicas em comparação com as quantidades registradas no sistema de controle das entradas e saídas do estoque. São índices baseados na relação existente entre as informações levantadas nos inventários. Então concluímos que essa informação é essencial para que o “gatilho” do ponto de reposição aconteça de forma correta.
Fluxo entregas:
É a rotina diária do pessoal do almoxarifado e dos requisitantes onde o processo de entrega de materiais respeite o fluxo da documentação necessária. Isso quer dizer, quem precisa de algum item do estoque, faz o preenchimento das requisições, quantidades, liberações e seus códigos de forma correta. O almoxarife por sua vez, faz as devidas entregas desde que as requisições estejam corretas e muito importante, fazer as devidas baixas e registros das saídas.
Pedidos de reposição:
Aqui dependemos de entender a forma funcional dos controles do estoque que normalmente são via software. Independente do formato, o almoxarifado precisa se certificar que os pedidos estão sendo gerados e acompanhar o transcorrer desses pedidos (follow-up). O tempo de cada item já estipulado quando determinamos as quantidades, devem ocorrer dentro dos padrões de uma aceitação que não comprometa a falta dos mesmos numa necessidade importante.
Conclusão
Como podemos entender nas questões levantadas, o ponto de reposição é um número muito importante. Isso porque é a partir dele que definimos as quantidades do ponto de reposição que se dispara as solicitações de compras para que o item volte para o seu estoque máximo.
E vimos também que a gestão tem seu papel fundamental para que todo esse processo funcione perfeitamente. Com alguns pontos que levantamos, podemos entender algumas etapas desse processo que necessitam de muita assertividade.
Uma gestão eficiente faz com que os estoques deixem de ser considerados os vilões e se tornem aliados das áreas da empresa em geral. Gostaria de saber a sua opinião meu caro leitor, você compartilha dessa mesma ideia ou tem algo a acrescentar ou discordar? Participe e deixe a sua opinião.
Concordo plenamente, mas infelizmente nós de manutenção sofremos muito com a falta de responsabilidade das equipes de suprimentos.
Eles não entendem a urgência da máquina.
Concordo plenamente, não entender é diferente de planejamento…pois manutenção é campeã de querer as coisas para ontem, um avez que exista o estoque minimo estipilado por eles, a quantidade de peças sempre é maior que o fisico,pois sabendo que irá ser usado determinada quantidade em “X” preventiva, os próprios não se programa e nem avisa o almoxarife,sem contar a retirada de peças sem que haja o procedicmento correto.
Baseado em seu comentário Severo e do nosso colega Diego é que enfatizo que a interação da Manutenção com outras áreas como a de Suprimentos por exemplo, é fundamental para que o correto fluxo de itens do estoque ocorra de forma eficaz e não comprometa o atendimento as áreas produtivas, finalidade básica de todo esse processo.