Injeção eletrônica veicular

Luis Cyrino
2 jan 2022
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Injeção eletrônica veicular

Injeção eletrônica veicular é um sistema que monitora e controla o funcionamento do motor através da entrada e saída de dados. Tem com a função proporcionar a mistura ideal de ar e combustível no motor em qualquer regime de funcionamento.

Todos os dados importantes são captados por sensores eletrônicos e enviados para uma unidade central de comando (ECU) onde são comparados aos dados de calibração do veículo previamente estabelecidos.

A partir desses dados, essa mesma unidade central comanda os atuadores que irão corrigir os parâmetros de injeção, se necessário.

O funcionamento adequado dos sensores e atuadores possibilita o funcionamento correto do motor, garantindo rendimento, menor consumo de combustível e controle das emissões de poluentes.

Injeção eletrônica direta e indireta

Antes de entrar no mérito de cada tipo de sensores, válvulas e atuadores, precisamos entender os dois tipos de injeção eletrônica.

Inicialmente quando essa tecnologia foi integrada nos veículos em substituição aos sistemas carburados, a injeção eletrônica era de forma indireta.

Ao passar do tempo essa tecnologia foi aperfeiçoada e o sistema melhorado passou a ser chamado como injeção eletrônica direta.

As duas formas de injeção são utilizadas atualmente, normalmente de forma distinta, uma ou outra, e também combinadas. A diferença principal entre esses sistemas é o local onde o combustível é liberado para mistura com o ar.

Injeção eletrônica indireta:

São duas características básicas que definem esse sistema de injeção eletrônica. A primeira é o fato de ter um controle eletrônico, conhecida como “módulo”, responsável por recolher e processar um grande número de informações. Com isso gerenciar a quantidade necessária de combustível para ser injetada a cada momento.

A segunda e principal característica da injeção indireta é o local onde o combustível é liberado. Nesse sistema, o fluido é injetado antes da câmara de combustão (cilindro), ainda no sistema de admissão do ar.

Injeção eletrônica direta:

Também podemos dizer que são duas características básicas que definem esse sistema de injeção.

A primeira característica é a relação entre o tempo e a distância que deve ser percorrida até o combustível chegar às câmaras e entrar em combustão.

No caso da injeção direta isso não gera problema, pois o combustível já é liberado na câmara de combustão. A segunda nada mais é que um complemento da primeira com base no local da injeção.

Ao liberar diretamente no interior da câmara, o combustível tem um melhor índice de aproveitamento durante o processo de combustão.

Alguns componentes do sistema injeção eletrônica

Para que todo esse sistema funcione corretamente existem vários tipos de componentes que trabalham em conjunto, são eles:

Sensor de detonação

Instalado no bloco do motor, o sensor de detonação converte as vibrações do motor em sinais elétricos. Esses sinais permitem que o motor funcione com o ponto de ignição o mais adiantado possível, conseguindo maior potência sem prejuízo para o motor.

Medidor de massa de ar

O medidor de massa de ar está instalado entre o filtro de ar e a borboleta de aceleração e tem a função de medir a corrente de ar aspirada. Através dessa informação, a unidade de comando calculará o exato volume de combustível para as diferentes condições de funcionamento do motor.

Sensor de pressão

Os sensores de pressão possuem diferentes aplicações. Medem a pressão absoluta no tubo de aspiração (coletor) e informam à unidade de comando em que condições de aspiração e pressão o motor está funcionando, para receber o volume exato de combustível.

Sensor de temperatura

Informa à unidade de comando a temperatura do líquido de arrefecimento, o que permite identificar a temperatura do motor. Essa medida, junto com a de outros sensores, é utilizada para calcular a quantidade de combustível adequada em cada momento.

Sensor de posição da borboleta

O sensor de posição da borboleta de aceleração está fixado no corpo da borboleta, acionado através do eixo da borboleta de aceleração. O sensor informa para a unidade de comando todas as posições da borboleta de aceleração.

Sensor de rotação

Na polia do motor está montada uma roda dentada magnética com marca de referência. A unidade de comando calcula a posição do virabrequim e o número de rotações do motor, originando o momento correto da faísca e da injeção de combustível.

Sensor de fase

O sensor de fase registra a posição do eixo de comando do motor. Ele mede, sem contato, a velocidade de rotação, a posição angular e a troca de fase do motor. Essas medidas permitem identificar com precisão o momento em que o primeiro cilindro do motor se encontra em fase de compressão.

Atuadores

São componentes controlados pelos sinais enviados pela unidade de comando, mantendo o motor em funcionamento nas melhores condições possíveis. Atuadores como os injetores de combustível, bomba de combustível, bobina de faíscas e motor de passo. São esses elementos que corrigem o ponto de ignição e o comando das válvulas, além de fazerem a adaptação da marcha lenta.

Válvula de purga do canister

Esta válvula está instalada na tubulação do tanque de combustível e é responsável por liberar ao motor os vapores de combustível que se encontram dentro do tanque.

Quando o combustível evapora no tanque, ele é armazenado em um filtro de carvão ativado chamado canister e os gases são enviados ao motor para queima quando liberados por esta válvula, proporcionando economia de combustível.

Válvula de injeção

Em sistemas de injeção multiponto, cada cilindro possui uma válvula de injeção que pulveriza o combustível. As válvulas de injeção são acionadas eletromagneticamente, abrindo e fechando através de impulsos elétricos provenientes da unidade de comando.

Para cada tipo de motor existe um tipo de válvula de injeção. Por serem componentes de elevada precisão, recomenda-se fazer a revisão das válvulas de injeção regularmente e substituí-las quando necessário.

Atuador de marcha lenta

Tem como função garantir uma marcha lenta estável, em todas as possíveis condições de funcionamento do veículo no regime de marcha lenta. Possui internamente duas bobinas (ímãs) e um induzido, onde está fixada uma palheta giratória que controla um “by-pass” de ar.

Manutenção do sistema injeção eletrônica

Como sempre, a prevenção é o melhor caminho para manter em bom funcionamento o sistema de injeção eletrônica. E claro, procurar sempre uma oficina especializada para fazer esse trabalho de manutenção preventiva. No caso das empresas com frotas de carros, caminhões e/ou máquinas da linha amarela, quando feito isso internamente, deve ter uma equipe de manutenção especializada e equipamentos adequados.

Os injetores estão em constante contato com o combustível, portanto, são componentes de desgaste.

Com o uso e, dependendo da qualidade do combustível utilizado, as válvulas de injeção estão sujeitas ao ressecamento dos anéis e à corrosão dos componentes metálicos.

Pode até mesmo ter os orifícios obstruídos por impurezas, prejudicando o seu correto funcionamento.

O sistema deve ser verificado normalmente a cada 40 mil KM ou um ano rodado, o que chegar primeiro. A verificação é realizada por meio de um diagnóstico da parte eletrônica de comando.

Isso é realizado por meio de um scanner conectado à parte eletrônica que passa as informações/dados para um software. Este por sua vez verifica se todos os itens do sistema estão funcionando corretamente.

Importante também fazer a limpeza dos bicos injetores por meio de um processo de verificação das suas condições e lavagem para remover possíveis impurezas. E como vimos acima, temos muitos itens que fazem parte de todo esse sistema e que precisam ser verificados.

 

Fonte:

http://br.bosch-automotive.com

https://www.hyundai.com.br/hyundaiexplica/o-que-e-injecao-direta-e-indireta.html

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