Bolhas no óleo lubrificante

Luis Cyrino
24 jun 2021
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Bolhas no óleo lubrificante

Bolhas no óleo lubrificante é um processo que acontece naturalmente quando se mistura óleo com ar. Isso podemos considerar normal quando essas bolhas se dissipam rapidamente, facilitada por meio de um aditivo (antiespumante).

Mas quando isso gera muitas bolhas na forma de uma espuma que não consegue se dissipar naturalmente, temos um problema.

Um sistema de lubrificação saudável contribui para uma boa saúde de transmissões, moto-redutores, motores automotivos, sistemas hidráulicos entre outros que requerem o uso de algum tipo de óleo.

Com base em algumas inspeções e verificações podemos identificar sintomas de alguns problemas que costumam ser visíveis pela condição do óleo.

E um desses problemas diz respeito ao aparecimento de muita espuma no óleo, ou seja, a presença de pequenas bolhas de ar, só que em grande volume.

Por que isso acontece?

Podemos dizer num primeiro momento que a formação de espuma no óleo lubrificante é algo comum de acontecer devido a algumas situações. A mais evidente situação é o excesso de agitação do óleo que em contato com o ar acaba formando essa espuma.

Uma outra situação muito comum para o aparecimento de espuma no óleo é o sistema estar com nível abaixo do recomendado. Por isso o óleo lubrificante contém um aditivo para evitar isso, o chamado aditivo antiespumante.

Com a movimentação acelerada do óleo e/ou agitação de um sistema de transmissão, a tendência natural é a formação de bolhas de ar no óleo. A espuma altera a viscosidade e acelera a oxidação do óleo. Esse aditivo minimiza a formação de espuma reduzindo a tensão superficial das bolhas, ocasionando sua ruptura rapidamente.

Esse aditivo antiespumante tem a função de agrupar as pequenas bolhas de ar, existentes em meio ao óleo, formando bolhas maiores, que conseguem subir à superfície, onde se desfazem.

Problemas da presença constante de bolhas de ar no óleo

Um sistema lubrificante para funcionar sem problemas precisa contar primeiramente com um óleo de qualidade. E que dentre as suas propriedades, seja altamente resistente à entrada de ar e que não retenha as bolhas depois de se formarem.

A espuma nos óleos lubrificantes é um problema principalmente quando não se dissipa, pois ela é um eficiente isolante térmico. Isso torna o controle de temperatura do óleo bastante difícil quando há formação excessiva.

Portanto, a presença de ar formando bolhas no óleo lubrificante pode levar a uma série de problemas que podem comprometer totalmente a sua eficácia.

Dentre alguns problemas podemos citar a rápida oxidação do óleo lubrificante, cavitação, redução das propriedades lubrificantes, baixa transferência de calor. Isso pode levar a falhas catastróficas em sistemas hidráulicos, redutores de velocidade, motor automotivo, etc.

O que pode causar essas bolhas?

Como já mencionado, temos causas comuns e não prejudiciais como a agitação excessiva do óleo lubrificante. Desde que as bolhas em forma de espuma se dissipem rapidamente, isso não é um problema.

E no caso de nível abaixo do recomendado, é só corrigir essa falha completando o nível do óleo lubrificante. Mas temos algumas causas que não são comuns e que precisam ser identificadas, avaliadas e corrigidas.

Dentre elas podemos citar:

  • Contaminação com água;
  • Contaminação de sólidos;
  • Problemas mecânicos (causando aeração excessiva do fluido)
  • Enchimento excessivo do reservatório;
  • Contaminação com uso de lubrificante errado;
  • Contaminação do óleo com graxa;
  • Vida útil das propriedades do óleo;
  • Ineficiência do aditivo antiespumante.

Análise da causa raiz e soluções

O importante em casos do aparecimento de bolhas de ar formando esse excesso de espuma no óleo lubrificante, é identificar o porquê disso. Antes de qualquer ação corretiva para eliminar o problema é descobrir a causa raiz do problema.

Para contaminação por partículas e água, concentre-se em gerenciar a entrada de contaminantes o máximo possível antes de recorrer à correção.

Em quase todos os casos, será necessária a troca de óleo, ou dependendo do caso, uma drenagem parcial e reabastecimento. Ou mesmo uma solução muito bem vinda, se for o caso, que é a filtragem total desse óleo, que já resolveria o problema.

Isso porque através de uma análise de óleo é possível identificar contaminantes que por meio de uma filtragem pode resolver a situação. Se algum tipo de contaminação foi determinado como causa raiz, além da troca do óleo, uma limpeza do sistema e do reservatório também será necessária.

Conclusão

Como em qualquer situação adversa identificada em máquinas e equipamentos, problemas no óleo lubrificante precisam de uma análise. Os problemas só serão eliminados a partir do momento que usamos a análise crítica do mesmo.

Como já mencionado em outro tema aqui no blog, devemos tratar essa ocorrência como “cena de um crime”. Avaliar a situação é essencial antes mesmo de resolver a situação com uma ação corretiva. Devemos sempre ter em mente que para cada ação corretiva devemos ter uma causa raiz que a justifique. E através dessa análise da causa raiz é que podemos desenvolver ações de correção e melhorias para estancar o problema. Só assim teremos resultados positivos com aumento da disponibilidade e confiabilidade de um sistema, máquina ou equipamento. E você, como tem tratado os problemas de máquinas e equipamentos? As análises de falhas fazem parte das tratativas de quebra/falhas? Precisando de ajuda o Manutenção em foco tem uma solução adequada para sua empresa, entre em contato.

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