Aerossol, tecnologia de 90 anos

Luis Cyrino
26 set 2019
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Aerossol, tecnologia de 90 anos

Aerossol ou aerosol acredito que seria nossa primeira dúvida que convenhamos, a maioria das pessoas conhecem e pronunciam como AEROSOL onde o “s” se pronuncia com som de “z”. Esta palavra é formada por “aero”, que significa “ar” e “sol” que remete para uma solução. Ou seja, aerossol é uma solução que está dispersa no ar.

A palavra AEROSOL é frequentemente utilizada em nossa língua portuguesa de forma errada tanto na escrita como na pronúncia. A escrita correta é AEROSSOL com “SS” e a pronúncia correta é o normal das palavras que tem os dois “Ss” ou como a palavra “SOL”.

O que é um Aerossol?

Aerossol é a designação dada a pequenas partículas de um líquido ou sólido que estão em suspensão no ar na forma de um gás.

Um aerossol é basicamente a mistura de dois líquidos guardados na mesma lata. Um deles é o produto em si, o desengripante MP1 ou a tinta adesiva Mp30, como exemplos. O outro é o chamado propelente, uma substância capaz de impulsionar o produto para fora da embalagem.

Dentro da lata, a pressão é tão grande que o gás usado como propelente fica comprimido e se transforma em líquido, misturando-se ao produto.

Quando a válvula é acionada, a pressão dentro do frasco diminui e uma parte do gás líquido propelente se expande com violência, voltando rapidamente para forma gasosa. Como seu volume fica grande demais para o frasco, ele escapa com força total, levando parte do produto para fora.

Tecnologia de 90 anos

No fim da década de 1920, Erik Rotheim, engenheiro e inventor norueguês, trabalhava no projeto da lata de aerossol. A proposta buscava a utilização de recipientes de pressão incorporados a uma válvula que serviria para espalhar um produto em forma de vapor, o qual se denominaria de nebulizador.

Em 9 de fevereiro de 1926, Rotheim produziu a primeira lata de aerossol e uma válvula que pode conter e dispensar produtos e sistemas propulsores.

Este foi o precursor da lata de aerossol moderno e da válvula. A ilustração do projeto (figura abaixo), datada de 1931, mostra a maior parte dos principais elementos encontrados nas embalagens de aerossol nos dias atuais.

Foi durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) que o aerossol se tornou popular, com a ** bug bombs, que salvaram muitos soldados norte-americanos de infecção por malária. Com o fim da guerra, muita ‘bug bombs’ acabaram em lojas que vendiam o “excedente” das tropas.

** Bug bombs” é a primeira versão produzida em massa da bomba de aerossol usada para dispensar inseticida. Esse formato de 1 libra foi desenvolvido logo após o início da Segunda Guerra Mundial e amplamente utilizado no Pacífico para controlar mosquitos e a propagação da malária. O dispositivo distribuiu uma solução de Piretro (inseticida botânico de baixa toxidade para humanos e animais) e óleo de gergelim, composição usada como inseticida e usando o Freon 12 como propulsor a gás. Foi ativado quebrando a vedação da aba do fio e desativado, se não esvaziado, pela colocação da tampa de metal com rosca serrilhada (não mostrada). Abaixo uma imagem da “bug bombs”:

Falando em Bombas de aerossol , spray e aerossol, vamos conhecer o processo de fabricação do aerossol clicando no link abaixo:

http://aeroflex.ind.br/a-fabrica/

 

ABAS representa interesses do setor

A Associação Brasileira de Aerossóis foi fundada em 1963, posteriormente, em 1996, ampliou suas atividades para a área de Saneantes Domissanitários passando a se denominar Associação Brasileira de Aerossóis e Saneantes Domissanitários – ABAS.

O objetivo da ABAS é orientar e representar o setor, promovendo o desenvolvimento da indústria, tanto no campo tecnológico, quanto no da política setorial, como também congregar as empresas para agilizar reformas e negociações junto ao poder público.

A ABAS é associada à Federação Europeia de Aerossóis – FEA, da Chemical Specialties Manufacturers Association – SCOMA, Consumer Specialty Products Association – CSPA, e da Federação Latino-americana de Aerossóis – FLADA.

Temperatura evaporada

Quando agitamos o frasco, as moléculas do gás liquefeito também se agitam. Com isso, aparece um espaço extra que algumas moléculas do propelente em estado líquido aproveitam para ocupar.

Essas moléculas líquidas se expandem e se transformam em gás. Tal reação rouba calor do metal da lata, deixando-a gelada.

Selo estratégico

O lacre é o dispositivo abre e fecha da válvula, liberando ou preservando o conteúdo do spray. Quando o atuador é apertado, as substâncias do frasco entram em contato com a pressão ambiente através de uma pequena abertura.

Dose certa

Uma pequena esfera dentro da lata, ajuda a misturar o produto ao propelente. Assim, na hora em que a válvula é acionada, ambos saem da lata numa proporção ideal. Não fosse assim, o jato teria gás demais e produto de menos.

Então agora quem tinha alguma dúvida sobre esses itens tão comuns no nosso dia a dia, ficou sabendo um pouco mais sobre eles. Na Manutenção usamos muito esses produtos à base de aerossol como certos tipos de lubrificantes e desengripante.

Fonte bibliográfica base deste artigo e imagens cedidas gentilmente por:

http://aeroflex.ind.br/

Comentários

2 respostas para “Aerossol, tecnologia de 90 anos”

  1. Gustavo disse:

    Tecnologia fantástica o aerossol que tem 90 anos, incrível!

  2. Eduardo disse:

    Sempre me questiono se usar, por exemplo, um desodorante aerossol pode trazer algum risco de segurança respiratória.

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