MTTR, como melhorar esse KPI?

Luis Cyrino
29 jul 2018
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MTTR, como melhorar?

MTTR (Mean Time To Repair), como já visto em uma matéria específica sobre o tema, é um KPI importante na Manutenção. É a média de tempo que se leva para reparar uma quebra/falha em máquinas e equipamentos.

O tempo médio para reparar (MTTR) é uma medida de tempo resultante da capacidade da manutenção de um item, componente ou sistema. E assim devolvê-lo ao status de suas condições normais de trabalho.

Isso inclui o tempo de notificação, o diagnóstico e o tempo gasto na reparação real, bem como outras atividades necessárias antes que o ativo possa ser usado novamente.

Estratégia para melhorar o MTTR

Temos alguns fatores que influenciam sobremaneira de forma positiva ou não os índices do MTTR? Podemos citar os seguintes:

Manutenção Preventiva

Preventiva ineficiente ou falta dela pode comprometer sobremaneira os índices de corretiva. Pode com isso trazer complicações demasiadas nos mecanismos e sistemas em geral prejudicando o tempo de reparo.

Ao contrário, uma preventiva bem elaborada e executada evitará e muito as ocorrências de corretivas complexas e que elevam o MTTR.

Planos de lubrificação

Da mesma forma como a preventiva, um plano de lubrificação que não contempla de forma adequada os ativos em geral é um grande problema.

Pior ainda quando a lubrificação é realizada de qualquer jeito, os problemas graves vão se tornar frequentes. Com isso as corretivas se tornam frequentes e a probabilidade de afetar esse índice é alta.

Mão de obra heterogênea

Esse acredito ser um dos mais críticos para elevar o tempo de reparo de máquinas e equipamentos. Ou seja, são profissionais onde nem todos têm a mesma habilidade e capacidade de resolver problemas.

Ao passo que se os profissionais têm qualidades e habilidades semelhantes, a resolução de problemas é rápida, o que contribui para um menor MTTR.

Estoques de manutenção

Com certeza o estoque de manutenção pode se tornar também um grande vilão para estender o tempo de reparo. Isso porque não atendem a necessidade, sempre falta algum item na hora da precisão.

Ou mesmo se mal gerenciados em suas quantidades e itens cadastrados, ou seja, vários fatores que podem comprometer a Manutenção na hora do reparo.

Análise de falhas

A falta de uma análise de falhas para certas ocorrências de corretiva com certeza podem afetar os índices do MTTR. Podem ocorrer situações onde uma quebra e/ou falha é extremamente onerosa no tempo de reparo por diversos fatores.

Cabe então uma análise de falhas para encontrar sua causa raiz e evitar sua recorrência. Cabe também nessas análises melhorar os métodos de reparo e de prevenção para tornar essas situações com reparos mais eficientes.

Comunicação da parada

Pode parecer um item simples e obvio que esse tipo de fato aconteça naturalmente e não afete o MTTR. Podem acreditar que não é bem assim, falhas de comunicação podem ser mais comuns do que se imagina. Um bom fluxograma e entendimento de todos os envolvidos pode fazer alguma diferença para esse indicador.

Deve ficar muito claro qual o fluxo das informações, desde a parada, comunicado à manutenção até a entrega do ativo já reparado. É comum acontecer falhas nesse caminho que pode estender o tempo de reparo e com isso prejudicar o indicador do MTTR.

Conclusão

Os gestores de manutenção devem procurar sempre as melhores estratégias para evitar a ocorrências de corretivas. Dentre essas estratégias, a manutenção deve atender uma corretiva com qualidade e rapidez.

Por essas e outras que esse indicador merece toda a atenção da gestão, os números são certeiros quando bem apontados. O MTTR aliado ao MTBF são indicadores essenciais para entender onde a manutenção precisa melhorar. Tudo começa com um apontamento eficaz do pessoal de campo e do PPCM e suas análises constantes.

Comentários

4 respostas para “MTTR, como melhorar esse KPI?”

  1. Tulio Leite disse:

    Luis Cyrino, boa tarde

    Ótimo texto! Ilustrando um pouco esse assunto, em minha empresa mês passado tivemos apenas 01 corretiva na planta de beneficiamento de 12,25 horas. Com isso nossos indicadores, ficaram da seguinte forma:
    – MTBF: 731,25h
    – MTTR: 12,25h

    Como você informou no final do texto, esses índices são aliados! A preferencia é que o MTBF seja alto e o MTTR seja 0! Essa é o grande desafio da manutenção, que interliga com os outros indicadores, como exemplo a DF e outros indices.

  2. Marcolino disse:

    Ótimo assunto parabéns ao editor.

  3. valdenir de castro silva disse:

    O MTBF também podemos trabalhar como extração de médias em dias, de acordo com o total de horas trabalhadas/máquina EX: Uma determinada máquina dos 30dias (720h) funcionou efetivamente 560h; 30h foram com paradas elétricas e mecânicas e 130h com paradas operacionais. Diante todos os dados mencionados numa determinada planta/área obtiveram no período 13h de paradas corretivas mecânicas registrando 2 ocorrências (1ª com 5 horas e 2ª com 8 horas), além de mais 3 ocorrências corretivas elétricas, sendo 2 ocorrências com 3horas de paradas e 1 com 14 horas). Assim, sendo qual seria os resultados dos índices MTBF e MTTR, sendo que a meta (média) do MTBF para esta área seria de : 31dias e a meta (media em horas) do MTTR seria de 4h ?.

    • Luis Cyrino disse:

      Valdenir normalmente o período de medição é mensal, independente se o mês tem 30 ou 31 dias. Com os números que apresentou teríamos um MTBF = 106 (560 horas efetivas de produção menos 30 horas de corretiva dividido por 5 que é o número de quebras do mês). Já o MTTR = 6 (30 Horas totais de quebras dividido por 5 número de quebras do mês. Esses seriam os resultados do mês, caso tenha alguma dúvida nos retorne por e-mail.

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